sábado, 23 de junho de 2012

Marcos 15:1-5 - O Julgamento de Jesus: Parte IV - A Admiração de um Incrédulo

Série de Sermões em Marcos
Passagem: Marcos 15:1-5
Título: O Julgamento de Jesus: Parte IV - A Admiração de um Incrédulo
Pregado na manhã de Domingo, do dia 17 de junho de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em vídeo

Marcos 15:1-5 1 De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. 2 "Você é o rei dos judeus?", perguntou Pilatos. "Tu o dizes", respondeu Jesus. 3 Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando". 5 Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado/admirado.

Contextualização:
Um dos personagens principais na história do ministério de Jesus saiu de cena: Pedro! Pedro não estará mais presente no palco da trama da crucificação de Jesus.

Vários personagens tiveram importantes papéis nesse pedaço do Evangelho – vimos Judas, Simão – o leproso, Maria que ungiu Jesus, um discípulo que cedeu a casa para a última ceia, um discípulo que fugiu nu, o sumo sacerdote Caifás e uma jovem escrava. Agora conheceremos um novo personagem, que terá fundamental importância na morte de Jesus – Pilatos! Pedro saiu de cena, agora entra Pilatos! Mas todos esses são atores coadjuvantes nessa trama. Os holofotes estão em um Homem só: Jesus! E é nEle que nós devemos ter nossos olhos!

Para uma pessoa desatenta, Jesus parece ser uma vítima, como Albert Schweitzer acreditava! Mas, para uma audiência atenta, tudo está sendo cumprido de forma perfeita, de acordo com a soberania de Deus.
Aqueles que acreditam estar julgando Jesus estão, na verdade, se auto condenando! Todos que rejeitam Jesus como único caminho para ter reconciliação com Deus, assim como os líderes de Israel e os líderes dos gentios, estão na verdade trazendo condenação para si próprios!

Divisão do Estudo:
I – o terceiro julgamento (V. 1)
II – o primeiro julgamento perante os gentios (V. 2-4)
III – a reação de pilatos (v. 5)

I – O TERCEIRO JULGAMENTO (V.1)
1 De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.

De manhã bem cedo” – É importante notarmos essa descrição de tempo.
Isso é por das 5 ou 6h da manhã da sexta-feira.

A ceia foi no fim da tarde da quinta-feira. À noite (entre às 23h e meia-noite), eles foram para o Getsêmani. Naquele lugar, Jesus foi preso e levado para o palácio do sumo-sacerdote. Jesus passou, primeiramente, por uma audiência rápida com Anás, seguida de outra com Caifás. Após a audiência com Caifás, Jesus foi levado, provavelmente, para o pátio do palácio (onde Ele viu Pedro) – isso era entre 2-3 da manhã. Ele ficou lá até que todo o Sinédrio estivesse presente para uma última e final audiência perante os homens mais importantes de Israel (por volta das 6h da manhã).

De manhã bem cedo’ é uma forma de dizer que já havia claridade. Esse detalhe é importante, pois eles querem mostrar que o julgamento de Jesus foi legal do ponto de vista jurídico. A lei judaica proibia o julgamento e a condenação no meio da noite.
Casos de pena de morte devem ser julgados durante o dia, o veredicto deve ser estabelecido durante o dia.” (Mishnah tratado do Sinédrio 4:1).

Tudo havia sido feito de forma ilegal, mas agora eles têm essa última audiência, como se ela fosse a primeira com a intenção de mostrar que Jesus fora julgado de acordo com a lei.

No julgamento instituído contra Jesus, desde a prisão, uma hora talvez antes da meia-noite de Quinta-feira, tudo quanto se fez até ao primeiro alvorecer da Sexta-feira subseqüente, foi tumultuário, extrajudicial, a atentatório dos preceitos hebraicos. A terceira fase, a inquirição perante o sinedrim, foi o primeiro simulacro de formação judicial, o primeiro ato judicatório, que apresentou alguma aparência de legalidade, porque ao menos se praticou de dia.(http://www.conjur.com.br/2002-nov-05/rui_barbosa_examina_julgamento_jesus)

os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio” – Após a declaração de Jesus (v.62), o sumo sacerdote mandou convocar todos os que formavam o Grande Sinédrio de Jerusalém. Aqui estão todos reunidos, unidos com toda a força para julgar Jesus. Portanto, aqui nós temos os 71+1 homens mais religiosos e reverenciados de Israel, todos juntos bem cedo para julgar Jesus!

A indústria incansável de homens perversos que fazem aquilo que é mal e perverso deve nos envergonhar da nossa lentidão e preguiça em fazer o bem. Aqueles que guerreiam contra Jesus e sua alma estão de pé bem cedo pela manhã. Quanto tempo levará para que você acorde, oh preguiçoso?(Matthew Henry Commentary, Hendrickson, Vol V, pg 452)

Enquanto os perversos acordam cedo para planejar e agir o mal, muitos cristãos dormem!

Marcos vai direto para a decisão tomada, mas Lucas narra o que ocorreu nesse terceiro julgamento, que foi bem semelhante ao segundo – ver Lucas 22:66-71.

Marcos 15:1 diz, “chegaram a uma decisão” --- A pior decisão já tomada na história da humanidade! Homens corruptos chegam a uma decisão corrupta! Eles ouviram a verdade, mas odiaram a verdade com toda a raiva possível!

Ao mesmo tempo em que essa é a pior decisão, ela é também a melhor decisão já tomada!


Qual a decisão que eles chegaram?
Fácil, eles já haviam decidido isso muito tempo atrás (14:1, 10-11; Lc 19:47)!

Eles, todos juntos, decidem que Jesus é digno de morte. Eles já haviam decidido isso, mas agora eles apenas oficializam.

Os homens mais religiosos da face da terra querem a morte de Jesus, condenando-O como um blasfemador, mostrando o coração da pessoa não-regenerada pelo Espírito Santo. A decisão da pessoa não-regenerada é sempre a de condenar Jesus!

Já que a decisão foi oficializada, eles precisam executá-la.
O PROBLEMA:
O grande problema é que os judeus não tinham a autoridade para executar ninguém (Jo 18:31). O Império Romano tirava essa autoridade das nações. Só os romanos podiam executar a pena de morte. Os apedrejamentos que ocorriam, como o de Estevão, (Jo 8:59;10:31) eram considerados como linchamentos ultra vires (ver R.T. France, TNIGTC on Mark pg 602). É por isso que os líderes de Israel precisam levar Jesus a Pilatos!

Uma vez que foi oficializada a sentença de morte, eles:

1 - “AMARRARAM JESUS” – Como o endemoninhado de 5:3 e como um animal, eles amarram Jesus! Jesus é amarrado como um marginal.
Como um animal levado para o sacrifício!

Mas a verdade é que o nosso Senhor já estava amarrado, preso nas cordas do amor pela glória de Deus e nas cordas do amor pelo Seu povo! Se Ele já não estivesse amarrado nas cordas do amor pelo Seu povo, Ele teria destruído aquelas cordas de forma superior a Sansão! Ele já estava amarrado às nossas iniquidades! As cordas colocadas pelos líderes de Israel mostram uma realidade muito mais profunda!

2 – “LEVARAM-NO” – Jesus é levado pelas ruas de Jerusalém como um bandido. Jesus é levado como um espetáculo público, humilhado.
Eles achavam que O estavam levando para a destruição. Eles achavam que estavam levando Jesus para a derrota, mas eles não sabiam que eles estavam levando Jesus para o lugar de triunfo, para o lugar de vitória.

3 –“O ENTREGARAM A PILATOS” (Gk. καὶ παρέδωκαν Πιλάτῳ)--- Aqui encontramos um personagem de extrema importância na trama da morte de Jesus: Pilatos!

PILATOS:
  • Também conhecido como Pôncio Pilatos – foi o governador da Judéia, sob o imperador Tibério durante 26-36 d.C.
  • Ele foi colocado nesse cargo pelo prefeito da guarda pretoriana [era o grupo de legionários experientes encarregados da proteção do praetorium, parte central do acampamento de uma legião romana, onde ficavam instalados os oficiais. Com a tomada do poder por Otaviano, transformou-se na guarda pessoal do imperador.] – Lúcio Élio Sejano [Lucius Aelius Seianus]. Sejano revolucionou a guarda pretoriana, recebeu muita autoridade e confiança do imperador Tibério. Ele era conhecido pelo rancor para com os judeus. Como bons amigos, Pilatos e Sejano eram odiados pelos judeus.
  • Pilatos não tinha um bom relacionamento com os judeus: odiado por trazer bandeiras com imagens de Tibério para Jerusalém, usou dinheiro do templo para construir um aqueduto, agia com violência e não respeitava os judeus.
  • Como governador (Praefectus Iudaeae), Pilatos tinha o poder de vida ou morte sobre todos os habitantes de sua província.
  • O governador tinha total responsabilidade em manter a ordem e a paz romana nas regiões governadas por ele, por isso tinha autoridade para matar.

E O ENTREGARAM A PILATOS!” ---- Exatamente como Jesus havia prometido em 9:31 e 10:33.

Entregar um cidadão judeu a uma autoridade estrangeira era considerado como um feito terrível na prática judaica.(Zondervan Illustrated Bible Backgrounds Commentary – Vol I, Zondervan, pg 172)
Entregar alguém aos gentios é o mesmo que entregar alguém à ira de Deus.(Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 119)

No Antigo Testamento, o conceito de entregar alguém a um inimigo é bem comum. Quando Deus é o agente que entrega, o sentido é sempre de julgamento divino (Ez 39:23;Jz 2:14; no NT Rm 1:18).
Sl 106:39-41 39 Tornaram-se impuros pelos seus atos; prostituíram-se por suas ações. 40 Por isso acendeu-se a ira do Senhor contra o seu povo e ele sentiu aversão por sua herança. 41 Entregou-os nas mãos das nações, e os seus adversários dominaram sobre eles.

Ao entregarem Jesus aos gentios, a liderança de Israel está entregando o tão esperado Messias à ira de Deus!

O Sinédrio representa toda a nação de Israel. O sumo sacerdote Caifás é o representante da nação. O representante da nação de Israel entrega Jesus ao representante dos gentios, Pilatos!

A imagem é do mundo todo contra Jesus! Todas as nações contra Jesus, cumprindo o Salmo 2!
Nessa cena, todo o mundo, tanto judeus como gentios, oficialmente rejeitam o Messias e o entregam à ira de Deus.(Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 119)

O grande e terrível sacrilégio – o santo e perfeito Filho de Deus sendo entregue nas mãos dos gentios para morrer sob a ira de Deus!

Essa cena requer de nós muita atenção e consideração. Se o povo mais religioso do mundo desejava a morte de Jesus, quanto mais nós, gentios?! Essa é uma clara demonstração da perversidade e da intensidade do pecado na vida do ser humano sem a obra graciosa da regeneração.

II – O PRIMEIRO JULGAMENTO PERANTE OS GENTIOS (VS.2-4)
2 "Você é o rei dos judeus?", perguntou Pilatos. "Tu o dizes", respondeu Jesus. 3 Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando".

Aqui iniciamos a segunda fase do julgamento do nosso Senhor – perante os gentios!
Esse é o primeiro de três julgamentos.

Marcos não perde tempo, pois o foco dele é a cruz. O evangelista já pula direto para a questão levantada por Pilatos.
João nos dá mais detalhes sobre o que ocorreu: João 18:28-38.

João 18v.28Para evitar contaminação” --- Vejamos a hipocrisia e a cegueira dos líderes de Israel. Eles estão podres, totalmente impuros por dentro, cheios de mentira e ódio, mas a preocupação está em não entrar em uma residência gentílica.
Pois queriam participar da Páscoa.” --- Eles não sabiam que estavam participando de forma fundamental ao entregar o Cordeiro Pascal para ser morto!

v.29 – “Que acusação vocês têm contra este homem?” --- Pilatos sai para se encontrar com os líderes de Israel e faz essa pergunta que era normal no início de um processo judicial.

v.30 – Eles não querem papo com Pilatos, só querem que ele execute o que eles tanto desejam: a morte de Jesus! É como, ‘Fica quieto e faça o que a gente deseja!’.
E lançam acusações contra Jesus.
Aqui precisamos do relato de Lucas 23 para termos mais luz sobre o que estava acontecendo:
Lc 23:1-2 1 Então toda a assembleia levantou-se e o levou a Pilatos. 2 E começaram a acusá-lo, dizendo: "Encontramos este homem subvertendo a nossa nação. Ele proíbe o pagamento de imposto a César e se declara ele próprio o Cristo, um rei".

AS ACUSAÇÕES CONTRA JESUS:
Lucas narra três acusações que os judeus trouxeram contra Jesus diante de Pilatos. São todas de caráter político, pois se eles trouxessem acusações de caráter religioso, Pilatos não faria nada.
Esses homens continuam imersos e dominados pela mentira!

1 – ‘ESTE HOMEM ESTÁ SUBVERTENDO A NOSSA NAÇÃO’ --- O sentido da acusação é de que Jesus estava pervertendo a nação. Para os judeus, essa acusação tem o sentido de que Jesus é um falso profeta cheio de demônios que está levando muitos para longe da fé em Deus.

Eles explicam como Jesus está pervertendo a nação com dois exemplos muito preocupantes para um governador romano:
2 – ‘ELE PROÍBE O PAGAMENTO DE IMPOSTO A CÉSAR’ --- Eles perverteram as palavras de Jesus no templo, quando Ele disse: ‘dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!’. Judas da Galiléia trouxe uma grande rebelião por incentivar seus seguidores a não pagarem impostos.

3 – ‘SE DECLARA ELE PRÓPRIO O CRISTO, UM REI’ --- Jesus realmente proclamou ser o Messias! Eles explicam para Pilatos que, ao declarar ser o Messias, Jesus declara ser um rei.
A declaração de ser um rei além ou em oposição a César é uma ameaça terrível, pois demonstra traição e rebeldia.

Essa é, com certeza, a acusação mais pesada e que merece mais atenção, pois as outras fluem dessa declaração.

O historiador Josefo diz que muitos rebeldes se declaravam ‘reis’ (Gk. βασιλεὺς), e que βασιλεὺς τῶν Ἰουδαίων era o título de Herodes, o Grande!

É essa alegação que Pilatos levanta e questiona Jesus.
Marcos 15:2 "Você é o rei dos judeus?", perguntou Pilatos.

Podemos ver um ar de zombaria e escárnio da parte de Pilatos, pois Jesus não parecia em nada com um rei! Para Pilatos aquilo é uma piada.

A RESPOSTA DE JESUS:
"Tu o dizes", respondeu Jesus.
João 18:33-38 nos dá uma versão mais completa do diálogo entre Jesus e Pilatos.
Naquele momento temos Jesus frente à frente com Pilatos.

Jo 18:36 Disse Jesus: "O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui".
A resposta de Jesus mostra que de fato Ele é um rei e tem um reino, mas o Seu reino é bem diferente do que as pessoas imaginavam.

Pilatos acha graça e pergunta com toda ironia sobre o reinado de Jesus no v.37.
Mc 15:2 "Tu o dizes", respondeu Jesus.

Jesus em nenhum momento nega! ”O reinado que os judeus desprezaram completamente e que Pilatos afirmou ironicamente é um fato.(Leon Morris, TNICNT on the Gospel of John, Eerdmans, pg 681)

Pilatos não quer saber o que é a verdade, para ele é mais que o suficiente, ele já viu que Jesus não é um rebelde digno de pena de morte. Provavelmente, Pilatos viu Jesus como um louco, digno de dó e não de punição.
Pilatos estava preocupado com questões políticas e não religiosas, por isso até mesmo esse pagão consegue ver que tudo aquilo é uma ‘palhaçada’. Por isso ele declara Jesus inocente (Jo 18:38).

Marcos 15: 3 Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando".

v.3 – Vimos que Lucas relata 3 acusações.

v.4 – Pilatos queria que Jesus respondesse aquelas acusações. Queria que Jesus, como uma defesa em um julgamento, fosse à frente e falasse que era tudo mentira.
Jesus poderia ter falado sobre as mentiras e os impróprios julgamentos que o sumo sacerdote havia realizado com Ele. Jesus podia ter falado das suas boas ações na tentativa de persuadir Pilatos, mas Ele prefere o silêncio. Pois Ele precisa ser julgado pelos nossos pecados!

4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando". -- Pilatos está vendo quão ridículas são as acusações e ele espera que Jesus apenas se pronuncie em defesa.

III – a reação DE PILATOS (V.5)
5 Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado.

MAS JESUS NÃO RESPONDEU NADA” --- Jesus fecha a Sua boca, nenhuma outra palavra será proferida em Seu julgamento.
Ele já declarou ser o verdadeiro Rei diante do sumo sacerdote e do governador romano.

O silêncio é o mesmo que o do inocente sofredor nos Salmos, ele está em silencio por causa da sua fé em Deus (Sl 22, 31,69)(Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 120).

O silêncio diante de Pilatos nos lembra do Servo Sofredor de Isaias 53:7-8. O mesmo Servo Sofredor que morre vicariamente pelo Seu povo!

E PILATOS FICOU IMPRESSIONADO/ADMIRADO” --- Pilatos fica admirado com toda a cena! Ele fica admirado com a covardia, com a ilegalidade e com veemência dos líderes de Israel em comparação com a calma e serenidade de Jesus!
Pilatos fica admirado com esse homem que está diante dele!

O fato de ficar impressionado não traz salvação! Muitos ficam admirados com a mensagem do Evangelho, mas muitas vezes essa admiração é temporária e superficial!

Muitas pessoas ficaram impressionadas com Jesus, mas nunca se prostraram diante dEle e O adoraram como Senhor.

Admiração sem adoração é diversão momentânea!

Pilatos representa muitos hoje que ficam admirados momentaneamente com Jesus, mas logo O rejeitam!

CONCLUSÃO:

Que todos nós fiquemos admirados e impressionados com Jesus Cristo!
Que saiamos daqui impressionados com a perversidade do coração do homem --- todos querem a morte de Jesus, todos que não nasceram do Espírito querem a destruição da Luz!
Saíamos daqui impressionados com a perversidade de Israel, que entregou o tão esperado Messias para morrer sob a ira de Deus na mãos dos gentios.
Saíamos daqui admirados com tanta injustiça sobre Jesus para que nós fossemos justificados!
Saíamos daqui admirados com Jesus que foi condenado para que nós fossemos libertados!
Saíamos daqui admirados com o Juiz de toda a terra que sentou-Se no banco dos réus, diante de juízes perversos, para que nós não fossemos condenados!

Que saíamos daqui admirados e impressionados com tamanho amor e misericórdia da parte de Jesus. E que toda essa admiração seja refletida em uma vida de serviço a Jesus, de temor e santidade.

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